“Não as teorias herméticas que descrevem a obra em suas harmonias e desequilíbrios, preenchendo livros e mais livros de histórias da arte, mas a subjetividade oculta nos objetos mais singelos, sopros da criação dos nossos mundos. Claudio Partes, em Alfaiate de asas, se torna reinventor de sentidos...”
( Ricardo Tammela)
Exposição concebida a partir da série Alfaiate de Asas, onde Claudio Partes personifica objetos que nos são apresentados a partir da fixação de asas. A mostra, inédita, é composta por trinta objetos de dimensões variados, dez impressões (fine-art) e também um livreto que revela a concepção, elaboração e os bastidores de criação. Alfaiate de Asas reflete questões platônicas, nos apresenta, de forma mimética, a liberdade e os condicionamentos impostos. Também possibilita um diálogo em torno de voos simbólicos e reais.
A mostra, com curadoria de Marcelo Lago, apresenta objetos variados – gastados pelo uso natural ou pelo uso do próprio tempo – o que há de diferente entre eles é que todas as peças possuem asas.
Se por um lado, os objetos já apresentam uma narrativa realista (objetos usados ou abandonados a mercê do tempo) as asas deslocam a narrativa para uma dimensão surrealista ou fantástica onde moram os sonhos, anseios e desejos mais secretos e velados. As asas, pelo simbolismo, remetem a uma dimensão divina, ou a algo que nos liga a uma transcendência inenarrável, porém, às vezes, experimentada e sentida.